terça-feira, 1 de setembro de 2009

Na Casa Aberta é Noite de Festa



Um curta de Roberto Berliner sobre uma das culturas mais bonitas do Brasil. Lá no Açude.



Ouça a versão de Casa Aberta, de Milton Nascimento que homenageia também a comunidade do Açude.

quinta-feira, 2 de julho de 2009


"O devoto das artes percorre o mundo, recheia seu álbum com esboços de todos os
tipos, cuidadosamente guardados, e volta para casa, perfeitamente feliz, esperando
animadamente ser solicitado para construir um Valhala no estilo Parthenon, uma
basílica no estilo Monréale, um boudoir à Pompéia, um palácio no estilo Pitti, uma
igreja bizantina ou, talvez, até mesmo um bazar à maneira turca." (Gottfried SEMPER,
1834)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Os Egos e as Vidas Paralelas



(Antes de mais nada, gostaria de dizer que comecei a sentir o computador de uma maneira diferente.Estava eu, sentado de pernas cruzadas em frente a ele e me vi como nunca tinha me visto antes, como quem utiliza uma maquina.Como o homem utilizador de seus eletrodomésticos.Não bem isso, mas vi a imagem dele reduzida ao papel de uma simples máquina que realiza minhas vontades, e solta sons.Pensemos mais a respeito)

Como começar a escrever sobre isso?
Talvez possa contar a história que originou tudo, mas posso contá-la de uma forma diferente.
Talvez tudo começou numa mesa de bar, como quase a maioria de idéias de todas as pessoas.
Mas isso não foi uma idéia.Todo mundo já deu de inventar nomes diferentes pra si e vidas diferentes.
Assim, surgiu Isabella, de Manaus, Mariana e Rachel, que moram juntas em São Paulo mas que são do Sul, Ana Paula, a amiga de Mariana que mora em Curitiba e veio visitá-la, e Ricco Gusmão, o português que está morando em Manaus com Isabella mas que veio à Sao Paulo para o show do Radiohead.Todos se conheceram misteriosamente há muito tempo atrás no bate-papo da Bol.
Tudo isso, por mais infantil e passado que possa parecer nos fez ver imaginar coisas, coisas que são só possíveis de se imaginar reais, em São Paulo, ou em uma grande cidade.
Quando nós poderíamos imaginar que esta história renderia a noite inteira de conversas, de risadas e de interpretações(Tens fogo?).
Uma coisa que esquecemos, nessa onda de tentarmos ser mais maduros, crescidos e na espera de conquistar algum respeito, seria a entrega na inocência da palavra e do que a imaginação pode possibilitar em termos de diversão.Diversão essa que não se faz ultrapassada, pois nós mesmos não víamos o limite disso, só queríamos mais e mais incrementar nossos alter egos.Quem diria que no final das contas estaríamos todos confundindo nossos nomes reais com os imaginários, assim como nossas histórias e todos os nossos planos.

domingo, 12 de abril de 2009

Run



entre as cenas pequenaso que eu sei que não mais me interessa.
fazer o jardim crescerlembrar do osso do cachorroencontrar rimas e razõesdeixar a loucura no chão
believe me, release me
a volta da guitarra elétricanunca foi tão simples assim
miseravelmente óbvio

sábado, 11 de abril de 2009

marebré-jo 2


Às vezes me paro pensando em como um dia pode ser grande e como um dia pode ser pequeno.
Muitos dias quando levanto mais tarde penso
que não vou render tanto quanto poderia se eu tivesse acordado às cinco da manhã.
Sei que parece redundante mas têm dias que demoram séculos pra passar e dias que você não vê a hora de acabar de tão monótonos que estão. Dias esses em que você se depara com uma mosca e fica divagando a respeito da existência desta mosca e o porquê dela ainda não ter morrido ou sido levada pelo vento.
Alguns escritores me fazem ou se fazem sentir pelos dias longos. Dias de James Joyce que não acabam me perseguem às vezes, dias estes que dão a esperança da criação de afazeres para os próximos dias, afazeres estes que talvez suprissem suas vontades de afazeres desse dia monótono e sem nada pra fazer.
Mas daí chega a tal semana em que todos os afazeres pensados por você devem ser colocados em prática. E o que acontece? Simplismente você nem sente mais a menor vontade de ir visitar o Museu da Escultura do Paulo Mendes, tudo isso porque um ônibus fedido e sujo te baforou um jato de fumaça na cara, e depois dele veio outro e outro e outro, e a falta de sombras na selva de pedra, a falta de pedras na calçada, a falta de calçamento na cara das pessoas que insistem em saírem mal vestidas, o que nao deixa de ser um malefício ao seu dia. E o que custa as pessoas saírem sorrindo pelas ruas? Imagina só se as pessoas esperassem o ônibus com um sorriso ao invés de um carão de "estou recebendo fumaça na cara".
Talvez a cara delas mudasse se calçassem as calçadas e nas calçadas tivessem sombras e sobras e que ao invés de um ônibus te mandando um jato de fumaça pudesse ser um ônibus te mandando um jato de ar, simplismente.
Mas o que nos faz fazer planos e nao fazer jus a eles?
Seria isso mesmo ou somente a preguiça? Mas existe a preguiça? Ou a preguiça seria a falta de vontade que dá de andar num local com pessoas mal vestidas, ou melhor, sem um sorriso nos lábios?
Porque venhamos e convenhamos, ninguém merece a monotonia do pretinho básico e a monotonia da falta de escolha em uma loja de departamentos.
Porque o Torra-Torra, a Renner e as Lojas Morais nao fazem simplismente sacos de estopa coloridos com um buraco no meio, assim acho q pelo menos as pessoas poderiam sair coloridas pelas ruas, recebendo ventilação natural, elicoidal e zenital.
E o kebab então que ocupa metade da calçada?...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cronicando



Estou com vontade de escrever um pouco, mas não tenho exatemente algo pra dizer.Só sei que me deu vontade de escrever, não foi como das outras vezes em que algo me inspira subitamente e as palavaras começam a borbulhar, não.Foi como em uma conversa de bar, enquanto está se bebendo uma cerveja e a conversa vai saindo e vai mudando assim com o tempo.

Sempre temos algo para escrever.Isso é ridículo.Penso em milhões de coisas durante todos os dias, enquanto ando pelas ruas, enquanto espero para atravessar a rua, enquanto ponho a comida na geladeira.Mas agora nada que é vale um texto me vem a cabeça.

Esta foto é uma das poucas, que até agora gostei de ter tirado e consertado no photoshop.Repare como o preto e o branco resaltam as sombras, como só o azul, sozinho no monocrômico faz tudo parecer mais angelical.

Adoro ver criancinhas italianas falando, como se vestem, olha que fofura.

Em Veneza vi algumas, às vezes cantando, é muito muito muito bonitinho.

Os cds aqui na Europa são caros demais.Sabe aqueles que você já baixou, já ouviu e adora?Então, não tenho coragem de comprar, mesmo eu amando.Ah, não vale a pena.

O vento em Dublin te leva, ao menos me faz desequilibrar, é horrível.

Os cataventos!Precisava escrever sobre eles.

Bem, quando estava chegando em Lisboa, ví do alto esses mega cataventos.Brancos, lindos.

Sim, aqui eles utilizam muito energia eólica(é essa?rs), bem se não for será uma pérola.

E não queria esquecer deste detalhe.

Mas enfim, achava que poderia complementar algo mais sobre isso, por isso queria lembrar, mas parece que nada mais me vem.

Está gostoso esse monólogo não é mesmo minha gente?Lembram do Meu nome é regina?hahaha

Gente, que texto inútil.Sinto que é um texto que serve como ficar bêbado.Você aproveita o momento da escrita e pra nada mais te serve.Mas que está bom escrever está.

Talvez esteja virando louco, conversando sozinho, sei lá.

Vou acabar por aqui, antes que comece a falar do Kebab.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Janela da Alma


Você já se deparou com um instante de conhecer uma pessoa e ter a impressão de já tê-lo feito antes?Claro que sim.
Por que que com o tempo a gente acaba fazendo coisas que antes não entendíamos o que era e não gostávamos?
Por que que com o passar do tempo parece que nos seguramos mais, nos enrijecemos mais, mudamos absolutamente a direção dos nossos planos iniciais e dos primeiros "Deus me ajude, vou ser isso e fazer aquilo"?Assim como nos fechamos pra algumas coisas, desaprendendo outras, nos sentindo mais sós...
Às vezes penso que nascemos sabendo tudo e vamos desaprendendo com o tempo, e quando se chega aos 80 não se lembra mais nada, e volta a ser criança de novo, e morre.
Não sei porque, mas sinto às vezes, quando vejo uma coisa ou situação, me bate uma sensação já sentida, mas não vivida.
Talvez não seja o acontecimento em si, talvez nada tenha acontecido e....e então, o que é isso, o que é essa sensação que sentimos quando, não é que visualizamos mas, sentimos.Não podemos visualizar concretamente - se bem quando era menor sempre visualizava uma casa, a qual eu vivia, ela era de um estilo que eu não sei visualizar.Penso que já estive lá, alguma vez da minha vida, talvez sonhando.Só sei que era de madeira, tinha uma meia-luz entrando por uma janela que também era de madeira, fazendo uma sombra listrada em uma parede e no chão.Talvez existia tapetes, grandes e confortáveis e umas cadeiras de psicólogos e um sofá bem confortável, daqueles que afundam.Talvez eu tenha a descrito num sentido que o tenha feito visualizá-la diferente(Eu mesmo quando estava relendo o texto comecei a visualizá-la erroneamente).Mas sei também que é impossível alguém imaginar o mesmo.Enfim o que se destacava nela era o fato de, a meu ver, ser um sobrado, na cabeça do morro, mas um morro leve.E os armários, eram divinos, tinham umas bolas, não lembro...-.

Será que somos influenciados pelos neurônios de nossa mãe?Será que, por exemplo, o que ela sentiu em sua gravidez tenha chego até você e se desenvolvido?Por exemplo, se ela sentiu tontura, te tornou um vertiginoso, em relação à tudo.
Enfim, tudo pode ser, ser é relativo, mas sentir, é também?
Qual é a ligação entre o físico e o mental?

O moinho gira
A galinha cacareja
A girafa se esticou para alcançar a última folha da árvore.
O homem se abaixou para pegar o chocalho de um bebê
O homem sentiu algo nos olhos do bebê, nunca tinha sentido isso antes, estranhou-se, mas tudo isso ele fez em milésimos de sengundo.O que durou mais tempo foi a parada no ar entre o chão e a posição vertical, 3 segundos a mais, mas foi o necessário para fazer sua cabeça doer de pensar, por uns segundos, o que seria isso, fazendo relações com tudos e todos que considerava dignos de serem lembrados.
Talvez nunca saberá de quem aqueles olhos lhe eram similares, mas sentia que imaginava-se correndo com uma criança na grama e a girando, olhando sempre em seus olhos.