sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cronicando



Estou com vontade de escrever um pouco, mas não tenho exatemente algo pra dizer.Só sei que me deu vontade de escrever, não foi como das outras vezes em que algo me inspira subitamente e as palavaras começam a borbulhar, não.Foi como em uma conversa de bar, enquanto está se bebendo uma cerveja e a conversa vai saindo e vai mudando assim com o tempo.

Sempre temos algo para escrever.Isso é ridículo.Penso em milhões de coisas durante todos os dias, enquanto ando pelas ruas, enquanto espero para atravessar a rua, enquanto ponho a comida na geladeira.Mas agora nada que é vale um texto me vem a cabeça.

Esta foto é uma das poucas, que até agora gostei de ter tirado e consertado no photoshop.Repare como o preto e o branco resaltam as sombras, como só o azul, sozinho no monocrômico faz tudo parecer mais angelical.

Adoro ver criancinhas italianas falando, como se vestem, olha que fofura.

Em Veneza vi algumas, às vezes cantando, é muito muito muito bonitinho.

Os cds aqui na Europa são caros demais.Sabe aqueles que você já baixou, já ouviu e adora?Então, não tenho coragem de comprar, mesmo eu amando.Ah, não vale a pena.

O vento em Dublin te leva, ao menos me faz desequilibrar, é horrível.

Os cataventos!Precisava escrever sobre eles.

Bem, quando estava chegando em Lisboa, ví do alto esses mega cataventos.Brancos, lindos.

Sim, aqui eles utilizam muito energia eólica(é essa?rs), bem se não for será uma pérola.

E não queria esquecer deste detalhe.

Mas enfim, achava que poderia complementar algo mais sobre isso, por isso queria lembrar, mas parece que nada mais me vem.

Está gostoso esse monólogo não é mesmo minha gente?Lembram do Meu nome é regina?hahaha

Gente, que texto inútil.Sinto que é um texto que serve como ficar bêbado.Você aproveita o momento da escrita e pra nada mais te serve.Mas que está bom escrever está.

Talvez esteja virando louco, conversando sozinho, sei lá.

Vou acabar por aqui, antes que comece a falar do Kebab.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Janela da Alma


Você já se deparou com um instante de conhecer uma pessoa e ter a impressão de já tê-lo feito antes?Claro que sim.
Por que que com o tempo a gente acaba fazendo coisas que antes não entendíamos o que era e não gostávamos?
Por que que com o passar do tempo parece que nos seguramos mais, nos enrijecemos mais, mudamos absolutamente a direção dos nossos planos iniciais e dos primeiros "Deus me ajude, vou ser isso e fazer aquilo"?Assim como nos fechamos pra algumas coisas, desaprendendo outras, nos sentindo mais sós...
Às vezes penso que nascemos sabendo tudo e vamos desaprendendo com o tempo, e quando se chega aos 80 não se lembra mais nada, e volta a ser criança de novo, e morre.
Não sei porque, mas sinto às vezes, quando vejo uma coisa ou situação, me bate uma sensação já sentida, mas não vivida.
Talvez não seja o acontecimento em si, talvez nada tenha acontecido e....e então, o que é isso, o que é essa sensação que sentimos quando, não é que visualizamos mas, sentimos.Não podemos visualizar concretamente - se bem quando era menor sempre visualizava uma casa, a qual eu vivia, ela era de um estilo que eu não sei visualizar.Penso que já estive lá, alguma vez da minha vida, talvez sonhando.Só sei que era de madeira, tinha uma meia-luz entrando por uma janela que também era de madeira, fazendo uma sombra listrada em uma parede e no chão.Talvez existia tapetes, grandes e confortáveis e umas cadeiras de psicólogos e um sofá bem confortável, daqueles que afundam.Talvez eu tenha a descrito num sentido que o tenha feito visualizá-la diferente(Eu mesmo quando estava relendo o texto comecei a visualizá-la erroneamente).Mas sei também que é impossível alguém imaginar o mesmo.Enfim o que se destacava nela era o fato de, a meu ver, ser um sobrado, na cabeça do morro, mas um morro leve.E os armários, eram divinos, tinham umas bolas, não lembro...-.

Será que somos influenciados pelos neurônios de nossa mãe?Será que, por exemplo, o que ela sentiu em sua gravidez tenha chego até você e se desenvolvido?Por exemplo, se ela sentiu tontura, te tornou um vertiginoso, em relação à tudo.
Enfim, tudo pode ser, ser é relativo, mas sentir, é também?
Qual é a ligação entre o físico e o mental?

O moinho gira
A galinha cacareja
A girafa se esticou para alcançar a última folha da árvore.
O homem se abaixou para pegar o chocalho de um bebê
O homem sentiu algo nos olhos do bebê, nunca tinha sentido isso antes, estranhou-se, mas tudo isso ele fez em milésimos de sengundo.O que durou mais tempo foi a parada no ar entre o chão e a posição vertical, 3 segundos a mais, mas foi o necessário para fazer sua cabeça doer de pensar, por uns segundos, o que seria isso, fazendo relações com tudos e todos que considerava dignos de serem lembrados.
Talvez nunca saberá de quem aqueles olhos lhe eram similares, mas sentia que imaginava-se correndo com uma criança na grama e a girando, olhando sempre em seus olhos.