segunda-feira, 13 de abril de 2009

Os Egos e as Vidas Paralelas



(Antes de mais nada, gostaria de dizer que comecei a sentir o computador de uma maneira diferente.Estava eu, sentado de pernas cruzadas em frente a ele e me vi como nunca tinha me visto antes, como quem utiliza uma maquina.Como o homem utilizador de seus eletrodomésticos.Não bem isso, mas vi a imagem dele reduzida ao papel de uma simples máquina que realiza minhas vontades, e solta sons.Pensemos mais a respeito)

Como começar a escrever sobre isso?
Talvez possa contar a história que originou tudo, mas posso contá-la de uma forma diferente.
Talvez tudo começou numa mesa de bar, como quase a maioria de idéias de todas as pessoas.
Mas isso não foi uma idéia.Todo mundo já deu de inventar nomes diferentes pra si e vidas diferentes.
Assim, surgiu Isabella, de Manaus, Mariana e Rachel, que moram juntas em São Paulo mas que são do Sul, Ana Paula, a amiga de Mariana que mora em Curitiba e veio visitá-la, e Ricco Gusmão, o português que está morando em Manaus com Isabella mas que veio à Sao Paulo para o show do Radiohead.Todos se conheceram misteriosamente há muito tempo atrás no bate-papo da Bol.
Tudo isso, por mais infantil e passado que possa parecer nos fez ver imaginar coisas, coisas que são só possíveis de se imaginar reais, em São Paulo, ou em uma grande cidade.
Quando nós poderíamos imaginar que esta história renderia a noite inteira de conversas, de risadas e de interpretações(Tens fogo?).
Uma coisa que esquecemos, nessa onda de tentarmos ser mais maduros, crescidos e na espera de conquistar algum respeito, seria a entrega na inocência da palavra e do que a imaginação pode possibilitar em termos de diversão.Diversão essa que não se faz ultrapassada, pois nós mesmos não víamos o limite disso, só queríamos mais e mais incrementar nossos alter egos.Quem diria que no final das contas estaríamos todos confundindo nossos nomes reais com os imaginários, assim como nossas histórias e todos os nossos planos.

domingo, 12 de abril de 2009

Run



entre as cenas pequenaso que eu sei que não mais me interessa.
fazer o jardim crescerlembrar do osso do cachorroencontrar rimas e razõesdeixar a loucura no chão
believe me, release me
a volta da guitarra elétricanunca foi tão simples assim
miseravelmente óbvio

sábado, 11 de abril de 2009

marebré-jo 2


Às vezes me paro pensando em como um dia pode ser grande e como um dia pode ser pequeno.
Muitos dias quando levanto mais tarde penso
que não vou render tanto quanto poderia se eu tivesse acordado às cinco da manhã.
Sei que parece redundante mas têm dias que demoram séculos pra passar e dias que você não vê a hora de acabar de tão monótonos que estão. Dias esses em que você se depara com uma mosca e fica divagando a respeito da existência desta mosca e o porquê dela ainda não ter morrido ou sido levada pelo vento.
Alguns escritores me fazem ou se fazem sentir pelos dias longos. Dias de James Joyce que não acabam me perseguem às vezes, dias estes que dão a esperança da criação de afazeres para os próximos dias, afazeres estes que talvez suprissem suas vontades de afazeres desse dia monótono e sem nada pra fazer.
Mas daí chega a tal semana em que todos os afazeres pensados por você devem ser colocados em prática. E o que acontece? Simplismente você nem sente mais a menor vontade de ir visitar o Museu da Escultura do Paulo Mendes, tudo isso porque um ônibus fedido e sujo te baforou um jato de fumaça na cara, e depois dele veio outro e outro e outro, e a falta de sombras na selva de pedra, a falta de pedras na calçada, a falta de calçamento na cara das pessoas que insistem em saírem mal vestidas, o que nao deixa de ser um malefício ao seu dia. E o que custa as pessoas saírem sorrindo pelas ruas? Imagina só se as pessoas esperassem o ônibus com um sorriso ao invés de um carão de "estou recebendo fumaça na cara".
Talvez a cara delas mudasse se calçassem as calçadas e nas calçadas tivessem sombras e sobras e que ao invés de um ônibus te mandando um jato de fumaça pudesse ser um ônibus te mandando um jato de ar, simplismente.
Mas o que nos faz fazer planos e nao fazer jus a eles?
Seria isso mesmo ou somente a preguiça? Mas existe a preguiça? Ou a preguiça seria a falta de vontade que dá de andar num local com pessoas mal vestidas, ou melhor, sem um sorriso nos lábios?
Porque venhamos e convenhamos, ninguém merece a monotonia do pretinho básico e a monotonia da falta de escolha em uma loja de departamentos.
Porque o Torra-Torra, a Renner e as Lojas Morais nao fazem simplismente sacos de estopa coloridos com um buraco no meio, assim acho q pelo menos as pessoas poderiam sair coloridas pelas ruas, recebendo ventilação natural, elicoidal e zenital.
E o kebab então que ocupa metade da calçada?...